"Sim, porque ontem choveu, quando foi hoje pela manhã, os carros que passavam aqui não tiveram como passar, porque cria um atoleiro, e foi a primeira chuva depois de muito dias sem chover, com a previsão de chuva, com a próxima chuva esse aterro vai embora”, afirmou Germano Storck, agricultor.
Nós procuramos a Secretaria de Obras do Município que respondeu que os serviços foram realizados após os moradores ficarem ilhados em decorrência de um ato de vandalismo. Um inquérito policial teria sido instaurado para investigar quem teria provocado o crime.
Foi um dia depois que a ponte foi queimada, que o desvio foi feito aqui no local. Porém a tubulação para a passagem da água do rio, não teria sido feita, o que teria contribuído, de acordo com os moradores, para a morte de algumas espécies de peixes.
A população acredita que o fogo na ponte foi ateado como uma forma de protesto para uma tentativa de chamar atenção das autoridades para a precariedade da estrutura. A ponte é a principal rota que liga as áreas rurais até a sede de Medicilândia.
Essa versão foi rebatida pelo secretário de obras, ele afirmou que a ponte não estaria em péssimas condições de trafegabilidade e disse que é da represa que é feito o abastecimento de água para as casas dos moradores de Medicilândia.
“A gente fez essa passagem para alterar a represa que joga água aqui para a cidade, se eu não tivesse feito aquilo estava faltando água para a cidade inteira, que é lá o reservatório que bombeia água para Medicilândia.
Essa ponte ela foi a única ponte que resistiu ao inverno, normal, inclusive eu fiz um reparo há alguns dias, e estava passando caminhão de boi em cima, passando o ônibus dos alunos, normal”, disse Eliésio dos Santos Silva, Secretário Viação e Obras de Medicilândia.
Ainda segundo os denunciantes, a prefeitura de Medicilândia abriu valas para a passagem da água somente após denúncias. Em relação à possível morte dos peixes, nós conseguimos conversar com o Secretário de Meio Ambiente de Medicilândia, por ligação, José Ramos, informou não saber sobre a obra executada.
“Mas no caso a secretaria de Meio Ambiente não está sabendo desse desvio que foi feito? Nós ficamos sabendo através de terceiros, mas nós não fomos comunicados, não teve nada disso, como foi que aconteceu. Desde que haja uma denúncia, vamos mandar um fiscal lá pra saber o que realmente aconteceu”, disse José Ramos, Secretário de Meio Ambiente.
Nós também questionamos sobre a Licença Ambiental para realização do aterro. O secretário respondeu que a obra dispensa a autorização.
“Aquilo ali não precisa de licença não, aquilo ali não é um aterro, aquilo é uma bucha que foi feita”, reafirmou Eliésio dos Santos Silva, Secretário Viação e Obras de Medicilândia.
O licenciamento ambiental é estabelecido pela lei 6.938/81 necessário para serviços que possam usar diretamente recursos naturais. Após a polêmica envolvendo o aterro, a prefeitura respondeu que é uma medida provisória, uma nova ponte será construída.
Fonte: Confirma Noticia
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