A PM (Polícia Militar) foi acionada por volta das 9h30 de ontem pela própria Sueli, que afirmou ter chegado em casa por volta das 6h e encontrado o corpo no chão, já sem vida. Em conversas com vizinhos, os policiais foram informados de que o casal estava em processo de separação e que a pastora apresentava um histórico de agressões contra a vítima. Também informaram à PM que, na quinta-feira (22), por volta das 19h, ouviram agressões verbais por parte de Sueli.
Após a discussão, a vítima teria ido até a casa dos vizinhos e dito que sentia medo de ser morto pela esposa, mostrando um ferimento em sua cabeça. A vítima também teria relatado, de acordo com depoimento dos vizinhos aos policiais, que sua esposa exigia o valor de metade do imóvel do casal e de sua motocicleta na separação.
"O casal de vizinhos relatou que José Maria disse que se algo acontecesse com ele, teria sido sua esposa", disse a PM.
Pastora usou 'chumbinho' para matar marido, diz polícia
Em buscas na residência do casal, os policiais encontraram um vidro de veneno de rato, popularmente conhecido como "chumbinho". A perícia também constatou que a possível causa da morte foi envenenamento, em virtude do estado do corpo que indicava que José Maria havia agonizado antes de morrer. Além disso, também foram localizadas outras substâncias semelhantes a veneno no local.
À Polícia Civil, Sueli afirmou que havia saído de casa por volta das 18h de quinta-feira (22) e retornado apenas na manhã seguinte, quando encontrou seu marido morto. Os vizinhos, entretanto, disseram que a suspeita havia saído por volta das 19h, depois da discussão do casal, e retornado já às 21h do mesmo dia.
Testemunhas também estranharam o fato de as luzes do lado de fora da casa estarem apagadas, uma vez que José Maria tinha o hábito de deixá-las acesas durante toda a madrugada por questões de segurança. Pouco antes de acionar a PM, por volta das 7h30 de ontem, Sueli teria chamado os vizinhos para avisar que encontrou o marido morto após chegar em casa.
Dinheiro seria motivação, aponta inquérito
Ao chegar ao local do crime, os policiais analisaram o celular da pastora e encontraram conversas com a vítima em que ele dizia que se ele morresse iria ficar com todos os seus bens e uma suposta pensão.
A delegada Mágda D'Ávila ainda afirmou ao UOL que após a realização das diligências, chegou-se a conclusão de que Sueli havia tentado simular um suicídio da vítima. Também apurou-se que a pastora havia resetado o celular de José Maria, a fim de apagar os registros e fotos de agressões.
Com informações de UOL
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